Bem, acho que um bom primeiro post para marcar a nossa volta a internet é falando sobre o que fizemos até agora e como está nosssas vidas. Primeiro sobre moradia....
Nós saímos do Place Lincoln e nos livramos da chinesa maluca (YAY!). Depois de passarmos 3 semanas andando na neve por aí e revendo a todo segundo o Kijiji e o Craigslist (sites de anuncios), encontramos um apartamento bem bacaninha. Na verdade a coisa funcionou diferente com a gente. Quando vimos o ap pela primeira vez, achamos muito pequeno para nós dois, bem caixotinho. Mas depois, vimos outros muito acabados e a locatária desse apartamento nos adorou e ficava nos ligando para saber se queríamos ficar aqui.
Pois bem, a data para sairmos do Place Lincoln foi chegando e começamos a ficar desesperados, não queríamos de jeito nenhum ficar naquele lugar por mais tempo. Cerca de uma semana antes dessa data, a chinesa coloca um papel-aviso por baixo da sua porta dizendo que você precisa avisar até tal dia se irá sair ou continuar lá.
Antes disso, íamos fechar com um dos primeiros apartamentos que encontramos. Ele era muito bem localizado, entre a estação Sherbrooke e a Berri-UQAM, tinha dois quartos, laundry no prédio, era quentinho, tinha balcony e tava com um preço ótimo. Era uns CAD$850 por mês e tinha mais! A locatária estava se mudando para a França e venderia TODOS os móveis dela por CAD$500! Confesso que esse último fator foi decisivo por querermos oficializar o acordo. Mas era só o começo, o que posso dizer é que o ritmo das pessoas daqui é bem diferente do nosso, eles são bem mais enrolados e lentos. Claro que não são todos (calma, gente, sem generalizar), mas as experiências que tivemos foram em sua maioria assim.
A locatária que ia se mudar para a França estava cheia de assuntos para resolver sobre o visto dela, trabalho, etc, então demorou uns 3 dias para conseguirmos marcar com ela de assinarmos o contrato com o concierge do prédio. Para quem não sabe, o concierge é tipo o administrador do prédio, normalmente ele mora lá e cuida dos assuntos do condomínio, como aluguel, tirar a neve do lado de fora, manutenção, etc. Ok, combinamos um dia e fomos até a apartamento do concierge com a locatária. Ele disse que não poderia assinar um contrato assim, sem ao menos falar com o bureau que cuidava da locação dos apartamentos do prédio e quando ele descobriu que não tínhamos histórico de crédito, que éramos recem-chegados, ele ficou ainda mais apreensivo, nos deu o telefone da moça que tratava daquele apartamento (que trabalhava no bureau) para ligarmos e vermos tudo com ela.
Eu entendi a parte dele, sabe, o cara não podia se responsabilizar por um casal que ele mal conhecia, sendo que ele nem proprietário do apartamento era. O que nós ficamos com raiva foi que a tal da locatária nos garantiu que poderíamos fazer um bail (contrato de aluguel) mesmo com todas as nossas condições e ela tinha nos dito que iríamos lá naquele dia já para assinar o bail! Sendo que ela ia viajar 1 semana depois para França! Bem, já me deu uma raivinha, mas me segurei e ligamos no dia seguinte para o bureau. Outro sofrimento.
Primeiro que a mulher que o concierge nos indicou era estrangeira também, mas ela não falava ingles e nós não conseguíamos nos comunicar com ela pelo telefone em francês (que ela TAMBEM falava mal). Segundo, a mulher falou que entraria em contato com o proprietário do apartamento e depois nos ligaria.
Passou o dia inteiro e ligamos para ela no dia seguinte e ela nem lembrava da gente! Ela tinha esquecido de ligar para o proprietário! Ok, ela falou que ligaria logo naquela tarde. Ligamos novamente para ela no fim do dia e ela disse que o proprietário tinha pedido 3 ou 4 meses de depósito. DICA: o depósito é ilegal aqui no Quebec (não sei sobre o resto do Canadá), mas como somos imigrantes sem histórico de crédito não temos muito como exigir muita coisa porque ou é isso, ou você não aluga o apartamento. Como viemos com uma graninha respondemos que poderíamos pagar o tal depósito sim. Ela falou que falaria com o proprietário.... você esperou? Pois é, nós também! A mulé maluca ficou mais um dia para entrar em contato com o proprietário e depois.... ela falou que ele não aceitou!!! Sério, foi uma experiência muito louca mesmo. A gente não tinha oferecido nada a ele, ele que ofereceu o tal depósito!
Enfim, no meio de tudo isso, a locatária (também biruta) estava desesperada atrás do visto dela dizendo que poderíamos fazer uma sub-locação. DICA2: para quem é recem-chegado é uma boa saída, ainda mais se você chegou em uma época de baixa temporada de aluguel (que não inclui os meses pré-julho). A sub-locação é um contrato entre você e o locatário atual do apartamento, quando este quer sair do lugar e está preso a um contrato. Normalmente, os contratos aqui vão até o dia 1º de julho, então chegamos em uma época propícia para a sub-locação, já que os locatários que se mudam em janeiro ou fevereiro, normalmente precisam quebrar o contrato ou repassa-lo ou sub-locar.
Nós até íamos sub-locar o tal apartamento, a locatária já até tinha nos dado uma das chaves. Mas... por uma luz divina, decidimos ir lá um dia a tarde. Ela falou que ela trabalhava mas que iria sair do apartamento no dia anterior. Nós ligamos para ela antes de visitarmos o apartamento nessa tarde e ela disse que não tinha tirado todas as coisas dela de lá ainda. Ok. Fomos até lá para pensar mesmo.
Cara, ela não tinha tirado NADA dela de lá! Até o pobre do gato dela tava lá ainda! Aquela foi a gota d'água, eu e Danilo conversamos e decidimos que o apartamento não valia todo esse tempo perdido. Nós ficamos cegos pelos móveis oferecidos por CAD$500, mas chegamos a conclusão que não seríamos felizes ali, não daquela maneira, como tinha começado. Pedimos desculpas a locatária, entregamos as chaves e desistimos do apartamento.
(esse post continua, é que eu cansei de escrever, mesmo hihihihihi, aguardem cenas do próximo capítulo)
Nós saímos do Place Lincoln e nos livramos da chinesa maluca (YAY!). Depois de passarmos 3 semanas andando na neve por aí e revendo a todo segundo o Kijiji e o Craigslist (sites de anuncios), encontramos um apartamento bem bacaninha. Na verdade a coisa funcionou diferente com a gente. Quando vimos o ap pela primeira vez, achamos muito pequeno para nós dois, bem caixotinho. Mas depois, vimos outros muito acabados e a locatária desse apartamento nos adorou e ficava nos ligando para saber se queríamos ficar aqui.
Pois bem, a data para sairmos do Place Lincoln foi chegando e começamos a ficar desesperados, não queríamos de jeito nenhum ficar naquele lugar por mais tempo. Cerca de uma semana antes dessa data, a chinesa coloca um papel-aviso por baixo da sua porta dizendo que você precisa avisar até tal dia se irá sair ou continuar lá.
Antes disso, íamos fechar com um dos primeiros apartamentos que encontramos. Ele era muito bem localizado, entre a estação Sherbrooke e a Berri-UQAM, tinha dois quartos, laundry no prédio, era quentinho, tinha balcony e tava com um preço ótimo. Era uns CAD$850 por mês e tinha mais! A locatária estava se mudando para a França e venderia TODOS os móveis dela por CAD$500! Confesso que esse último fator foi decisivo por querermos oficializar o acordo. Mas era só o começo, o que posso dizer é que o ritmo das pessoas daqui é bem diferente do nosso, eles são bem mais enrolados e lentos. Claro que não são todos (calma, gente, sem generalizar), mas as experiências que tivemos foram em sua maioria assim.
A locatária que ia se mudar para a França estava cheia de assuntos para resolver sobre o visto dela, trabalho, etc, então demorou uns 3 dias para conseguirmos marcar com ela de assinarmos o contrato com o concierge do prédio. Para quem não sabe, o concierge é tipo o administrador do prédio, normalmente ele mora lá e cuida dos assuntos do condomínio, como aluguel, tirar a neve do lado de fora, manutenção, etc. Ok, combinamos um dia e fomos até a apartamento do concierge com a locatária. Ele disse que não poderia assinar um contrato assim, sem ao menos falar com o bureau que cuidava da locação dos apartamentos do prédio e quando ele descobriu que não tínhamos histórico de crédito, que éramos recem-chegados, ele ficou ainda mais apreensivo, nos deu o telefone da moça que tratava daquele apartamento (que trabalhava no bureau) para ligarmos e vermos tudo com ela.
Eu entendi a parte dele, sabe, o cara não podia se responsabilizar por um casal que ele mal conhecia, sendo que ele nem proprietário do apartamento era. O que nós ficamos com raiva foi que a tal da locatária nos garantiu que poderíamos fazer um bail (contrato de aluguel) mesmo com todas as nossas condições e ela tinha nos dito que iríamos lá naquele dia já para assinar o bail! Sendo que ela ia viajar 1 semana depois para França! Bem, já me deu uma raivinha, mas me segurei e ligamos no dia seguinte para o bureau. Outro sofrimento.
Primeiro que a mulher que o concierge nos indicou era estrangeira também, mas ela não falava ingles e nós não conseguíamos nos comunicar com ela pelo telefone em francês (que ela TAMBEM falava mal). Segundo, a mulher falou que entraria em contato com o proprietário do apartamento e depois nos ligaria.
Passou o dia inteiro e ligamos para ela no dia seguinte e ela nem lembrava da gente! Ela tinha esquecido de ligar para o proprietário! Ok, ela falou que ligaria logo naquela tarde. Ligamos novamente para ela no fim do dia e ela disse que o proprietário tinha pedido 3 ou 4 meses de depósito. DICA: o depósito é ilegal aqui no Quebec (não sei sobre o resto do Canadá), mas como somos imigrantes sem histórico de crédito não temos muito como exigir muita coisa porque ou é isso, ou você não aluga o apartamento. Como viemos com uma graninha respondemos que poderíamos pagar o tal depósito sim. Ela falou que falaria com o proprietário.... você esperou? Pois é, nós também! A mulé maluca ficou mais um dia para entrar em contato com o proprietário e depois.... ela falou que ele não aceitou!!! Sério, foi uma experiência muito louca mesmo. A gente não tinha oferecido nada a ele, ele que ofereceu o tal depósito!
Enfim, no meio de tudo isso, a locatária (também biruta) estava desesperada atrás do visto dela dizendo que poderíamos fazer uma sub-locação. DICA2: para quem é recem-chegado é uma boa saída, ainda mais se você chegou em uma época de baixa temporada de aluguel (que não inclui os meses pré-julho). A sub-locação é um contrato entre você e o locatário atual do apartamento, quando este quer sair do lugar e está preso a um contrato. Normalmente, os contratos aqui vão até o dia 1º de julho, então chegamos em uma época propícia para a sub-locação, já que os locatários que se mudam em janeiro ou fevereiro, normalmente precisam quebrar o contrato ou repassa-lo ou sub-locar.
Nós até íamos sub-locar o tal apartamento, a locatária já até tinha nos dado uma das chaves. Mas... por uma luz divina, decidimos ir lá um dia a tarde. Ela falou que ela trabalhava mas que iria sair do apartamento no dia anterior. Nós ligamos para ela antes de visitarmos o apartamento nessa tarde e ela disse que não tinha tirado todas as coisas dela de lá ainda. Ok. Fomos até lá para pensar mesmo.
Cara, ela não tinha tirado NADA dela de lá! Até o pobre do gato dela tava lá ainda! Aquela foi a gota d'água, eu e Danilo conversamos e decidimos que o apartamento não valia todo esse tempo perdido. Nós ficamos cegos pelos móveis oferecidos por CAD$500, mas chegamos a conclusão que não seríamos felizes ali, não daquela maneira, como tinha começado. Pedimos desculpas a locatária, entregamos as chaves e desistimos do apartamento.
(esse post continua, é que eu cansei de escrever, mesmo hihihihihi, aguardem cenas do próximo capítulo)
1 commentaire:
rsrsrsrrsrs
Vcs sempre atraindo os birutas...
Espero que a sorte de vcs mude, mas enquanto isso eu fico aqui me divertindo com os seus posts!
Tô ansiosa pelo próximo capítulo!!!!
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