lundi 9 mars 2009

Mais um motivo...

Sexta feira, passada, depois de passarmos a semana inteira trabalhando, fui tomar um chopinho básico com uma amiga querida e depois fui encontrar o Danilo e os amigos dele em um outro barzinho mais perto de casa.

Antes de sair de casa, o Dan me ligou para dizer q estava saindo e que me encontrava no bar. Eu peguei um onibus de um bar para o outro. Dentro do ônibus, liguei pro Danilo para ver se ele ja estava chegando e outra pessoa atendeu o telefone dizendo que não devolveria nada. Achei estranhissimo e comecei a preocupação, liguei novamente e o cara atendeu novamente como se fosse super normal, perguntei pelo Rafael (para não falar o nome do Danilo) e o homem se irritou, disse que "tava mandado" quem tava ligando para ele. Pronto, desesperei.

Comecei a ligar pra casa dos pais do Danilo (onde ele estava antes de ir para o bar) e falei com a mãe dele, ela disse que ele ja tinha saido a muito tempo de casa. Nessa eu ja estava chegando no bar, comecei a procurar por ele e ele acabou chegando no bar exatamente no mesmo tempo que eu. Perguntei se ele tinha sido assaltado e ele falou que sim.

Levaram o celular dele (que tava até quebrado) e 70 reais. Ele negociou com o cara para que ele ficasse pelo menos com os documentos e conseguiu.

Eu fiquei tão assustada... pensei um milhão de coisas. Depois que um casal foi torturado e jogava de um barranco aqui no Rio e do menino que foi arrastado por um carro, a gente não acredita mais em NADA nem em NINGUÉM. Assim é o Rio de Janeiro hoje em dia. O mais triste é que o Dan faz parte de uma estatística imensa.

Depois do assalto, quando finalmente encontramos os amigos e sentamos no bar, milhões de outras histórias violentas surgiram, fazendo a história do Dan parecer fichinha perto do que poderia ter acontecido.

O dificil aqui é encontrar alguém que não tenha sido assaltado ainda ou que não tenha participado (mesmo que passivamente) de um ato de violência. E violência gera violência, gera um povo de mal com a vida, mal-educado, que trata o outro mal, que anda com medo e que não tem o conforto que poderia ter por causa do dinheiro.

A um tempo eu escolhi não ter mp3 player nem ipod, não tenho carteira de motorista e nem me visto com roupas que possam demonstrar um status financeiro alto. Tudo isso para evitar o risco, evitar morrer por acaso ou sofrer um abuso.

E a polícia? Uma vez, eu e Danilo fomos levar uns amigos no carro deles, de noite, depois de uma festa. Éramos umas 6 pessoas, homens e mulheres. O carro estava em uma ruazinha do lado da faculdade onde estudávamos. Ficamos um tempinho conversando em frente ao carro, combinando o proximo encontro, etc. 15 minutinhos... 15 minutinhos parados e me chega uma viatura de polícia. Até aí tudo bem, estavam cumprindo o dever deles.

Os dois (são sempre dois) policiais sairam do carro e andaram até a gente. Não falaram NADA, pegaram nossas mãos, cheiraram parra ver se tínhamos fumado maconha, fizeram os meninos abrirem as mochilas, carteiras, etc, olharam para o chão para ver se tinhamos jogado alguma ponta, pediram documentos, perguntaram o que estávamos fazendo ali e dissemos que aquele carro era da minha amiga e que estávamos somente os levando em segurança até lá.

Eles continuaram a pressão, provavelmente querendo algum dinheiro nosso. Não se contentaram em não achar nenhuma droga com a gente. Por um momento eu até pensei que eles pudessem colocar algum coisa nas mochilas para nos encriminarem.

O problema é que eu fiquei com ódio, ódio do que eles estavam nos fazendo passar, ódio do que eles poderiam fazer com a gente, estávamos impotentes mesmo e eles sabiam disso. Eu até tentei soltar um "boa noite, ne, meu senhor" Mas eles não responderam, saíram perguntando o que estavamos fazendo ali. Eu falei que não era assim que policiais deveriam se aproximar de cidadãos e que este país estava muito errado (tá, eu corri um risco imenso, mas eu não consegui ficar quieta). Sabe o que ele me disse? "Ué, então vai embora, não precisamos de pessoas como você aqui".

Acho que foi nesse momento que eu decidi que teria que sair daqui. Não sabia ainda para onde, mas ele tinha razão, eu não faço parte (e nem quero fazer) desse sistema. Eu não consigo ficar sem demonstrar meus pensamentos, não consigo ver sem tentar argumentar e, definitivamente não quero me calar. Não quero me conformar e pensar que isso é normal pq não é. Nenhum ser humano deve ser tratado assim, pelo contrário. Quem é um policial para pré-julgar uma pessoa que está andando na rua? Ele já saem de um pensamento que você está errado e o pior, se você realmente estiver fazendo alguma coisa errada, você só vai para a prisão, se não pagar propina.

Falo mesmo.

Durante muito tempo eu achei que poderia mudar alguma coisa, tipo naquela música do Cazuza. Mas depois eu vi que não adianta. Já dei aulas particulares para alunos da escola pública, já visitei orfanatos, já trabalhei em incubadoras de empresas de várias comunidades, e, acreditem, eu AMO ajudar as pessoas a crescerem. Mas eu simplesmente não consigo mais me punir por morar no lugar errado, me punir por atos de outras pessoas.

Cada acontecimento que houvimos, vemos ou participamos, é como um tijolo. A essa altura, com apenas 25 anos, eu já tenho um muro imenso construido e um medo grande de simplesmente me acostumar. Por isso, eu escolhi o Quebec e lá, eu pretendo ter uma vida mais feliz, onde eu não me puna pelos erros dos outros e onde eu consiga ajudar e ser ajudada.

Sei lá, só um desabafo mesmo...

jeudi 5 mars 2009

Blogs blogs blogs

Hola, muchachos (hum, acho que errei de língua)

Bem, bem... nós recebemos nosso imenso e lindo mapa de Montreal que tínhamos encomendado do Guilherme. Per-fei-to! Adoramos e estamos pensando em colocá-lo na parede para nos acostumarmos com o espaço Hehehe.

Tenho lido 2 blogs bem legais, o Invasões Bárbaras e o Pri, Mau e João à Montréal. Não que eu não esteja lendo mais os outros blogs, através da nossa listinha, sempre que há uma atualização por aí, to eu lendo. É impressionante o quanto esse universo blogueiro é importante. Mesmo muito antes de viajarmos, já sabemos tudo sobre Montreal. É como o celular, não dá para imaginar a vida sem ele. Imagina só como era a imigração pelo mundo na época que não tínhamos acesso a internet? Muito estranho pensar nisso e muito interessante também.

Eu, particularmente, adoro os blogs grandões, de pessoas que jea imigraram. Normalmente, vou até o primeiro post do blog e leio tudinho, até o mais recente. É muito legal perceber como as pessoas mudaram, como tudo foi acontecendo e mudando a vida de cada um. Sempre histórias muito legais, carregadas de muitas informações culturais. Meu hobbie hoje em dia é esse.

Ah, e o nosso processo continua o mesmo, estamos terminando nossa cartinha e vamos envia-la já já, depois contamos o que aconteceu... =c/ (nervosinho)

mardi 3 mars 2009

MEME: eu não escapei!

Eu não escapei! Eu sou como a Lilix, da religião dos "diga-não-as-correntes". Comigo não tem powerpoint no email, não tem "mande para 3 pessoas senão seu cachorro morre", não tem vírus aleatório. Na verdade o que me sobra é a preguiça de responder essas quests.

Mas, vou fazer uma exceção, vou responder tudinho, só pq foi a Lidiane que nos indicou e eu não quero quebrar a corrente dela.

Regras:
1. Linkar a pessoa que indicou (já aí em cima);
2. Contar seis coisas aleatórias sobre você (tá aí embaixo);
3. Indicar mais seis pessoas e colocar os links no final do post (isso não vai rolar, não posso, é contra minha religião, como disse a Lilix);
4. Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário pra ela (farei!);
5. Deixar os indicados saberem quando vc publicar seu post (se tivessem indicados...).

Coisas aleatórias sobre mim:


1. Sou filha única e carrego todos os adjetivos que isso me permite: sou mimada, princesinha do papai, bagunceira, chata, irritante, etc.Fui criada com muita sinceridade, honestidade e educação. Meus pais se dedicaram muito a mim e sempre coversaram comigo sobre milhões de assuntos. Sou muito ligada aos assuntos políticos por causa deles.

2. Eu acreidto MUITO em astrologia e tenho lea minhas crenças. Mas minha visão de Deus é bem diferente das outras pessoas e bem pessoal. Eu também tenho outros pensamentos sobre a Bíblia que eu sempre tento não entrar em detalhes, pois ninguém consegue entender muito bem (nem eu ainda, é uma busca de vida).

3. Eu sou capricorniana com ascendente em peixes e lua em câncer. Sou exatamente assim. Sou responsável, trabalhadora e batalho pelo que eu quero com paciência, como uma boa capricorniana. Eu amo arte e sou extremamente sensível a isso, assim como os piscianos. E minha lua câncer teima em aparecer sempre que algo "mãe-filho" aparece na minha vida ou algo me emociona. Eu tento resistir e me fazer de durona, mas sou muito mulherzinha sensivel.

4. Eu sempre fui magricela (peso 42 kg), mas eu AMO comer. Não como muito, mas é um dos meus maiores prazeres. Acho que não há nada melhor do que conhecer uma cidade através dos seus restaurantes.

5. Eu amo viajar! Acho interessantissimo o fato de chegar em um lugar pronto para ser desvendado, onde você pode se reinventar e explorar tudo nos detalhes.

6. Eu adoro assistir animações e seriados "enlatados"! Vício!

Tá bom, né, gente?

Bem, não tenhos vítimas, só queria indicar o Danilo, que duvido muito que saia do WOW e escreva aqui! hehehehe.

E, crianças, lembrem-se: digam não às correntes! Hihihihi

Sai pra lá, ácaro!

Queridos, pensamos bastante e não achamos muito seguro contar nossa história com detalhes neste blog (que é aberto a todos), então, resumimos um pouco e retiramos algumas informações, ok? (re-editado em 04 de março de 2009)



Tirando a poeirinha básica do blog...

Estamos passando por dificuldades no nosso processo. Depois do "pobrema-cartao-de-credito-bloqueado", agora temos outro.

Vamos as explicacões...

Quando fomos enviar o dossiê, fizemos um Atestado de União Estavel no cartório, com duas testemunhas e achamos que isso seria o suficiente para provar nossa união. WRONG.

Recebemos uma cartinha na última semana dizendo que eles precisavam de outro comprovante de residencia de um ano atrás provando que estavamos juntos desde a data (tipo conta de luz, agua, etc no nome dos dois). Mas não temos este tipo de comprovante, pois não morávamos em um apartamento nosso.

Quem lê isso aqui, pensa que estamos com tudo resolvido já, que estamos super calmos....WRONG AGAIN.

Estamos desesperados, pensamos muuito sobre o que fazer. No final, a unica solução foi escrever uma carta em francês explicando tudo para o BIQ e já estamos trabalhando nisso.

Vamos tentar explicar tudo direitinho, dizer que estamos já nos preparativos para o nosso casamento, etc, etc e que podemos enviar-lhes a certidão logo, logo.

Será que dá certo? Será que acreditam na gente? Bem, vamos ver no que dá. Devemos enviar nossa cartinha essa semana ainda, vamos corrigir tudinho e enviar. Cruzem os dedos.
Estamos confiantes, ainda que nossa entrevista tenha de ser marcada para o final do ano.